QUANDO O PASSADO INSISTE EM NOS ATORMENTAR O filme A PAIXÃO DE ANA (101’), direção de Ingmar Bergman, Suécia (1969), nos coloca diante de um dos grandes dilemas humanos, qual seja, a necessidade (e a dificuldade) de expressarmos o que sentimos, de trocarmos experiências com outras pessoas e, acima de tudo, de nos sentirmos próximos e seguros na companhia de…
A DIFÍCIL TAREFA DE SE TORNAR MULHER BONEQUINHA DE LUXO (115’), direção de Blake Edwards, EUA (1961), é uma adaptação customizada do livro homônimo de Truman Capote, badalado escritor norte-americano e autor do famoso romance jornalístico A Sangue Frio. Não há nenhum tipo de intenção pejorativa na utilização do verbo customizar, senão para informar ao espectador que o filme apresenta…
O AMOR EM TEMPOS DE GUERRA O clássico CASABLANCA (102’), direção de Michael Curtiz, EUA (1942), é considerado um dos filmes mais romântico já realizado. O filme coloca o casal Ilsa e Rick, interpretados pela atriz sueca Ingrid Bergman e pelo ator norte-americano Humphrey Bogart, no altar dos sonhos de todo amante cujo íntimo desejo é experimentar uma verdadeira história…
NATAL EM FAMÍLIA, CONFLITOS RENOVADOS Pergunta-se: o que nos vem à mente ao ler o título do filme PARENTE É SERPENTE, (100’), direção de Mário Monicelli, Itália (1992)? (Silêncio). Podem imaginar, porque é exatamente isto que estão pensando! Tudo começa bem. Abraços e risos, recordações, piadinhas e esquisitices de infância, defeitos e algumas qualidades, enfim, saudades, fotografias e a ceia…
O ENCONTRO PERFEITO ENTRE A PALAVRA E A IMAGEM Para uma obra de arte sobreviver como tal, pressupõe-se que ela tenha vida própria. Parece óbvia esta afirmação, mas ela é tudo. Ter vida própria é o que diferencia alguém de alguém, algo de algo. Para a arte podemos dizer que há o estilo. Aquilo que é inerente, que é intrínseco.…
A ENGENHOSIDADE DA TRAMA A SERVIÇO DA PURA DIVERSÃO Às vezes, ao decidirmos assistir a um filme, a única coisa que procuramos é distração. Um não pensar em nada. Relaxar. Há filmes que cumprem bem esta saudável missão. Afinal, não somos só intelecto, só público de clássicos, pessoas que só consomem valores incorrigivelmente artísticos. Então? Se cabe um descanso, que…
O DESEJO BATE À PORTA Há filmes antigos que são refilmados, ou, como queira, revisitados dentro de uma nova concepção artística, sintonizados, evidente, com a época em que são produzidos. São esteticamente tão mais diferentes quanto mais distantes no tempo entre a primeira e a segunda produção. E a tentação é logo sentar-se no sofá, assistir às duas versões, a…
SER MÃE E SER MULHER Assistir ao filme de Ingmar Bergman, SONATA DE OUTONO (99’), Suécia/Alemanha (1978), é acompanhar bem de perto, em closes magníficos, uma sequência devastadora de embates entre mãe e filha. Ou entre filha e mãe? Não. Mãe vem primeiro, então sempre será relação mãe-filha, “essa mistura terrível de sentimentos, confusão e destruição”. Sim, estas são as…
A REALIDADE RETRATADA NUM BELO FILME A gente, nós, espectadores, assistimos a um filme porque achamos que vamos gostar dele. Às vezes, tudo bem, acaba sendo uma aposta errada. Agora, quando se assiste mais de uma vez ao mesmo filme, três, cinco vezes, então, definitivamente, é porque estabelecemos com ele uma relação que vai além do mero entretenimento. É como…
A CULTURA COMO SUTIL INSTRUMENTO DE OPRESSÃO Às vezes é aconselhável deixarmos certos hábitos e preferências de lado e sairmos à procura de filmes fora da rota das produções norte-americanas e europeias. Olhar para outras paisagens, outras culturas, outras filmografias. TEMPESTADE DE AREIA (97’), direção e roteiro de Elite Zexer, Israel (2016), é uma ótima opção para quem quer mergulhar…